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Coluna de Marcos Roberto: Bendita sexta-feira
12/04/2020 19:33 em Colunas

Hoje é sexta-feira santa, feriado religioso, onde seu significado rememora-nos, a um fenômeno essencial para sedimentação, da persona desse personagem, que em pleno século XXI, consegue provocar, as mais diversas manifestações aos que professam o seu credo. Estou referindo-me a crucificação e a morte, daquele que, segundo a narrativa judaico-cristã, era o filho de Deus, Jesus, o inquestionável Messias. Um homem prosaico, simplório em seu linguajar, mesmo sendo ele, pertencente a árvore genealógica de Davi, considerado, o principal rei de Israel. Cristo tivera um labor, que perdurara por três anos, um tempo hábil para constituir-se, como o mais nocivo opositor, do sistema religioso e também político. Pois, desassombradamente, decidira defrontá-los e apregoar um discurso amoravél, declarando em todos os seus palanfrórios, que cada um deveria empregar o amor em tudo aquilo que fizesse. Desvanecendo-se dos impudentes ideais, engendrados a partir de Moisés, do olho por olho, e dente por dente. Buscando, que toda a sociedade indiscriminadamente, vivênciasse uma atmosfera, cuja a equidade imperasse, e que todos os atores sociais, desde o que ostenta a sua opulência, até os desprovidos de requintes,  tivessem o direito a uma sobrevivência digna, sendo assistido em suas necessidades. Lecionara aos seus discípulos, de aos que quisessem atingir um estado de pujança nos espectros sociais, primeiramente, teriam que práticar o servilismo aos seus compatriotas, de ao serem seviciados injustamente, não desejassem a vingança, mas o inverso, que facultassem ordeiramente a outra face. Toda essa narrativa, fizera de Jesus, um inimigo, um indivíduo a ser aniquilidado, uma vez que os hipócritas, não aturavam enxergar as nítidas mudanças comportamentais e filosóficas que estavam a germinar na mentalidade dos seus interlocutores. Com todo esse prognóstico, alçaram-no em uma cruz, um crime horrendo, talvez crendo, os seus assassinos no seu íntimo, de que o último expirar do filho de Deus, aterrasse as probalidades desse neófito sistema. Não, ainda hoje, persiste a intenção de espelharmo-nos em Cristo. Isso transcorre mesmo em um atípico momento dessa historicidade de mais de 500 anos de Brasil, que ao invés de cultuar-se ao Messias verossímil, muitos prefiram ao Messias de arma e cloroquina em vossas mãos.

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